quarta-feira, 30 de novembro de 2011

De volta ao nosso lugar...

Por uns segundos achei que nos perderíamos definitivamente... Que aquela junção de coisas boas se espalhariam com a poeira arrastada pelo vento. Por várias vezes tentei me imaginar sem você e o resultado era sempre negativo, não dava. Tudo em mim chamava por você. No meio da tarde tudo começou vir a mente em forma de filme, eu via passos lentos e sorrisos bobos que dávamos em meio a chuva, vi abraços apertados imaginários, eu aqui, você aí, em um mundo um pouco distante do meu. Li e reli nossas conversas. A cada hora eu me sentia mais inquieta e a vontade de procurá-lo era tanta que me deixava eufórica, medrosa... Horas de tortura total.
Pensei em fazer besteiras, coisas que não teriam perdão... Parei pela primeira vez para pensar nas consequências e resolvi ao invés disso, procurá-la.
Não foi difícil, afinal, o orgulho dessa vez não imperou. Sim, dessa vez ele sumiu... E o quero bem longe de mim.   Quero você, nós dois grudados pro resto de nossas vidas. 
É pedir demais?
Eternamente, lhe amo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um rabisco no sol que a chuva apagou.

Vi você chegar, acompanhei cada passo teu... Ouvi promessas, juras de amor. Por um tempo te senti em mim, dentro da minha alma... Observei detalhadamente cada sensação causada por você; umas felizes, outras monótonas. Entreguei-me de bandeja. Tentei me adaptar ao seu tempo. Tentei por dias não ser "eu" em algumas circunstâncias, apenas para satisfazê-lo. Pus-me em seu lugar diversas vezes e até tentei ver se o erro estava em mim e de fato estava pois eu esperava tanto de ti que acabava construindo falsas expectativas. Como se não bastasse, ficavas sem argumentos coerentes ao responder perguntas feitas por mim, sobre nós dois. Perguntas em que eu esperava respostas concretas, objetivas, sem meios termos ou omissões. E olha lá, eu, mais uma vez esperando algo de um alguém vazio, um alguém que de afeto não entende nada e que talvez nunca terá esse privilégio de entendê-lo e senti-lo.
Parei de regar as flores daquele jardim... Estanquei por ali e ali pretendo ficar até que as flores murchem e tornem-se pó.

domingo, 27 de novembro de 2011

Um certo alguém.


Por tanto tempo andei sem rumo... Sim, andava à toa, por aí. Talvez o cuidado que tiveram comigo não era o que eu precisava e sim o que convinha à eles (meus pais). Tive amigos drogados, outros maníacos, outros solitários. Procurei-me em cada um deles... Não me encontrei. Tentei outra busca, dessa vez analisando cada olhar, cada traço deles e mais uma vez tudo falhou. Vai ver que eu era diferente, só estava em uma circunstância que não era minha e que se fosse, que servisse de aprendizagem. 
O tempo passou não tão acelerado e acabei analisando coisas que até então era invisível ao olhos. 
Resolvi mudar de vida, resolvi libertar o meu eu... Aquele que já andava cansado de procurar algo que o (pre)enchesse... Aquele que já não se reconhecia. Resolvi caminhar por outros trilhos, sentir a brisa leve no rosto, conhecer novas pessoas que pudessem me acrescentar algo de bom, respirar outros ares. Ao caminhar, vi uma casa estranha que até então me parecia sombria, parei, observei aquela casa obscura por um tempo e então resolvi bater à porta... Ninguém me atendeu. Eu queria parar a caminhada, eu queria estancar por ali mesmo, mas algo dentro de mim insistiu para que eu continuasse. Era uma voz suave, perguntando-me quem eu era na real. 
Com calos nos pés, o rosto vermelho e ardendo daquele sol infernal, no meio do caminho encontrei alguém que contou detalhes da minha vida... Fiquei abismada ao olhar aquela senhora falando sobre mim, sobre o meu eu. Como sabia o que se passava? Quem era ela?
Ela me respondeu apenas com um sorriso e me falou que eu era a escolhida por Deus para cuidar de muitos aqui na terra e que aquela caminhada em que eu estava, era o começo do meu desafio. Que Deus iria me colocar em inúmeras aprovações e se caso eu desistisse de alguma, eu seria mais uma qualquer nesse mundão de meu Deus. Ao ouvir aquilo, fiquei em estado de choque por alguns instantes e de uma hora para outra me deu vontade de abraçar aquela (sábia) senhora. Era como se ela não precisasse de argumentos algum para me fazer acreditar em cada palavra dita por ela. 
No abraço dela encontrei tudo o que eu procurava... Ela me deu forças através de um simples toque e hoje sigo tentando cumprir minha missão de cuidar de cada amigo, de trazê-los comigo por um caminho iluminado. 
Hoje posso dizer que sou totalmente feliz.

I am not 
afraid to walk 
this world alone.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Smile.

Passeando, estava eu perdida em uma estrada dorida repleta de buracos e quebra-molas...
Tentando achar um rumo certo para trilhar. Via-me presa a desvairos que a vida impôs.
Percorri léguas atrás de algo que ninguém soube dar.
A cada cinco passos em que eu dava, quatro era para trás.
Fome de carinho. Ausência de atenção.
Por favor, há alguém no ar? Responda-me quando eu chamar.
Por muito tempo vive triste.
Convive com pessoas secas, vazias. Pessoas que não tinham nada de bom para me acrescentar, mas que eu fazia questão de mesmo ferida, tentar ajudar de uma forma ou de outra. Escutei tantos desabafos... Corações batendo travados.
De certa forma cada história que eu escutava e absorvia, servia-me de lição de vida.
Hoje percebo que ser monótono não é o mais apropriado. Quer ser vazio e viver consigo mesmo, não
é o melhor caminho a se seguir. Digo por mim.
Como diz o sábio Djavan:  "Sorri quando a dor te torturar, e a saudade atormentar os teus dias tristonhos, vazios. Sorri quando tudo terminar, quando nada mais restar do teu sonho encantador, sorri."

De mãos dadas...

Pele, pêlos, ossos...
Tudo o que não me deixa em paz.
Apaixonei-me por cada traço teu. Vi-me entregue a cada toque quente de suas mãos, a cada sussurro eufórico, em cada palavra de carinho. 
Aprendi a amá-lo em um piscar de olhos, não tão rápidos, mas sim conforme a música. Inalei amor. Despertastes em mim algo tão precioso que o desabriguei do fundo do poço para não mais vê-lo dormir. Segurastes minhas mãos e me conduzistes por um caminho sedutor, alucinador.
Mexestes comigo de forma tão desesperadora que estou a ponto de sair gritando para que todos ouçam que é você a pedra preciosa que eu sempre quis ter.
Preciso te manter em minha vida... Preciso que precise de mim assim como eu de você. Preciso que beije-me como nunca fui beijada por ninguém. Preciso alimentar em mim a esperança de que com você os meus dias serão diferentes, intensos. Não quero manhãs, tardes e noites aleatórias. 
Deixe-me planejar minha vida ao lado seu. Daqui de onde estou já não dá para voltar. Dê-me forças para seguir em frente.. Guie-me em passos curtos para que assim tudo flua calmamente. Se eu tropeçar, segure-me com força... É disto que preciso.
Preciso que me ame... E que se amar, que ame cada vez menos mas que seja para vida inteira.
Dar-te-ia o mundo, se preciso.

Ao meu redor

Em um estalar de dedos, vi sentimentos se perderem dentro de mim, dentro dos outros.
Amigos que foram embora como um barco que vai ao longe e já nem se lembra do cais... Amores vividos que em fração de segundos, tornaram-se banais.
Ontem eles se veneravam perdidamente, hoje, já não se conhecem.
Há alguns dias atrás fizeram juras de amor... Hoje só falam em dor...
Outro dia ouvi dizer que não tem essa coisa certa de "amor ou paixão", que na verdade o que sentimos
não passa de uma atração carnal... Parei durante horas pensando, fixei a mente em cada palavra que ouvi. 
Elas até tentaram me penetrar a mente, mas a alma já estava feita.
A alma gritava, dizendo-me que não, que esta era uma visão imunda de um certo boçal que a despejou sobre os meus ares. Ela tentava me convencer de coisas que eu não queria, embora já existissem em mim. Como expulsá-las? Já não tinha jeito.
Pus à mão uma caneta de tinta preta, prendi o cabelo, suspirei ofegante e em um papel comum comecei a jogar tudo o que eu estava sentindo... Vi que o meu eu estava tão cansado de amar errado, de culpar os outros por terem tão pouco para me dar e acabei me convencendo de que o amor tem lá suas fases, umas serenas, outras bruscas... Umas confusas, outras certeiras.
Tudo muda o tempo todo.
Então parei em um canto qualquer, vi você, nossa história em cada linha do que eu tinha escrito, e pensei que tantos detalhes não podiam ser "em vão"... Não era pele, desejo carnal, eram feridas feitas por um sentimento ao qual eu não queria rotular em amor... O que de fato era. Era desejo de lhe ter novamente do lado para compartilhar coisas bobas e verdadeiras.
Até penso que enlouqueci.
Andava falando coisas com coisas, vendo você em outros olhares, conversando contigo em minhas orações,
chamando teu nome com frequência ao acordar de sonhos aterrorizantes.
Querendo você por perto.
Outras horas era como se você não existisse, como se eu estivesse bem e tudo estivesse no seu devido lugar. 
E realmente estava, não é?
Não sei.
Confundia-me a todo instante...
O que eu queria na verdade já não importava...


"Por pensar demais eu preferi não pensar demais desta vez".

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manual de instrução

Evite falar baixo... Se possível grite. 
Chegue atrasado uma vez ou outra, ou vice-versa, para que não deixe cair na rotina. 
Seja incompreensível em questões íntimas para que então me deixe confusa e me faça pensar afundo. 
Brigue comigo por algo errado que eu fiz; em seguida beije-me selando assim a nossa união. 
Seja sensato quando o assunto for "nós dois, nossas almas"... 
Traga-me flores e chocolate quente em noites de verão. 
No inverno, venha-me gelado e de brinde sorvete de baunilha. 
Beije-me com euforia, deixe-me quente. 
Não consigo ser comum... 
Gosto do improvável, do imperfeito, do desajeitado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Café esfria... Sentimentos também.


Não sei fingir tanto como você. 
Não consigo observar coisas tortas e deixá-las 
passar em branco apenas para que 
não haja discussões. 
Tomamos rumos diferentes e nessa caminhada 
descobri que nossos caminhos jamais se cruzarão 
novamente. 
Aceite, as coisas mudam! 
Acalme-se, tome um copo d'água, descanse... 
Tudo o que tivemos foi lindo, 
embora doloroso perto do fim. 
Nos machucamos tanto. 
Batemos de frente tantas vezes...
Coisas pequenas que poderiam ser evitadas 
e que não evitamos. Para, pensa... 
Não somos mais "nós dois", 
agora existe apenas "você" e "eu" separadamente. 
Nossos corpos deixaram de habitar 
em uma única alma. 
Nos partilhamos. 
Já não vivemos! Andamos tristes, desesperançosos... 
Para quê ficarmos nessa? 
A vida está aí para ser vivida de modo feliz. 
Para quê estancarmos nessa? Me diz?
Tudo sempre acaba há todo instante. Essa é a vida...
É a nossa vida. 
Vamos, anda lá! Arruma esse cabelo, 
usa tua melhor roupa, põe um sorriso no rosto 
e vai dar uma volta, vai respirar outros ares. 
Toma umas, se for preciso chora... Chora sim. 
Despeja toda tua mágoa numa noite só... 
Verás que ao amanhecer serás um novo homem. 
Não fica assim. Animo, por favor. 
Me dá forças para que eu possa encarar 
está perda também.


Dói, eu sei... Mas uma hora cessa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ela forçou dentro dela a minha existência...


Traga-me coisas boas... Venha-me sem pressa, mas venha inteiro, disposto a novas sensações, a novas efusões. Não me deixe escapar. Prenda-me o quanto antes! A lua está aí, linda e serena como todas as noites, desta vez, clamando por nós dois. Procure-me... Leve-me a praia para então admirar a noite ao lado seu. Seja doce, toque-me, sinta-me sua, sim, repito: sua. Aguce em mim a vontade de amá-lo, de desejá-lo a todo instante. Ninguém precisa saber o que se passa... Apenas você e eu, nós dois. Faça-me sonhar com um lugar inteiramente nosso, onde eu descubra várias maneiras de me orientar, onde eu encontre paz. Corre, vem... O teu lugar é aqui! Deita teu corpo em mim, remexe para lá e para cá em um único movimento em que possa deleitar-me. Sussurra em meu ouvido que me deseja vorazmente. Toca-me! Deixe-me sentir seus dedos percorrendo meu corpo todo e o fazendo estremecer. Não finge não entender, ou querer se perder. 


Sai dessa vida de migalhas, dessas mulheres que te tratam como um vento que passou.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Às vezes as coisas pesam mais do que a gente acha pode aguentar...

Desculpa por não ter ligado, por não ter cobrado, por não ter se quer perguntado onde  irias, com que irias e a que horas voltarias. Talvez uma maior parte de mim tenha pedido para que eu parasse e pensasse um pouco mais em mim, onde eu iria, com quem iria e a que horas voltaria. 
Precisei organizar minhas idéias.
Parei de esquecer de mim... Precisei aprender a andar sozinha e ouvir a minha própria voz.
Noites mal dormidas, coração apertado, desesperos à flor da pele.
Nenhuma carta recebida, nenhum telefonema, nenhuma mensagem, nada.
Talvez estivesse preocupado apenas consigo mesmo. E era o que de fato estava sendo feito.
Achei por um momento que você estivesse errado, mas aí, você aguçou em mim
este seu "modo de vida". Para quê se importar agora?
Somos livres, desempedidos... Não é mesmo? Sim, hoje somos isto.
Algo que você sempre quis e que para mim talvez não fosse a melhor forma de resolver a nossa história.
O tempo acabou me mostrando que sim, que você estava coberto de razão.

sábado, 12 de novembro de 2011

Sonho ou Utopia?

Está noite sonhei com você, com nós dois.
Uma casa estranha, um filme qualquer, pessoas ao redor,
uma cama comum, porém resistente.


Acordei perguntando-me se tinha mesmo sido real.
Eu te senti, senti teu beijo, tua língua percorrendo meu seio,
tuas mãos quentes atravessando o meu vestido, palavras
faladas simultaneamente, no meu ouvido, o teu discurso
indecente. 


Lembro-me bem o quanto sussurrava em teu ouvido perguntando-te
se era um sonho, você respondia-me com beijos eufóricos, 
com toques avassaladores. Senti meu corpo estremecer a cada
movimento teu. Arranhava-te com toda força existente em mim.
Observava cada sorriso teu e pedia para que não parasse, para que
ficasse mais. 


Gemidos abafados, calafrios, delírios. Pude sentir as
formas do teu corpo, dos teus ossos... 


Foi tudo tão real, mas nada normal.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Adeus você

De volta para casa, sentia-me melhor, porém, aquela sensação angustiante, ainda tomava conta de mim, da minha alma. Era como se eu não soubesse para que direção seguir... E então andasse por entre becos diagonais, sem saber ao certo seu ângulo. Sentia-me presa a um passado que não me cabia mais, mas que constantemente lembranças retornavam a mente, fazendo-me lembrar detalhes de um romance sujo, parvo, sem rumo algum. O que queríamos afinal? Nos machucar? Talvez.  O que sentíamos? Como reagiríamos ao ficarmos separados? "Separados" no sentido afetivo, pois proximidade física 
nem sempre é afetiva. Entre tantos "nãos", resolvi então parar de remar. Resolvi estancar naquela tristeza que me fazia apenas vegetar. Sim, eu não vivia mais. Eu não sabia o que era fastar a cortina do quarto, abrir a janela e aspirar o ar puro de um  belo dia. Meus dias eram monótonos, vagos. Minhas noites eram melancólicas, torturantes. Lembrava-me de você a todo instante.
Algumas vezes tinha vontade de expulsar aquele fardo pesado, aquela tristeza, aquele passado que insistia em permanecer dentro de mim; outras,  sentia preguiça... Via-me acomodada a tudo aquilo. Parecia-me um vício, e na verdade, era.
Os dias passaram não tão acelerados, as horas pareciam andar para trás. Em um dos meus dias apavoradores, resolvi então te mandar um email expressando todo o ódio e um pouco do sentimento que ainda restava em mim,  para aliviar a dor, e assim quem sabe, recomeçar minha vida.  Mesmo machucada, tentei expressar-me de um modo em que te fizesse entender que todo aquele ódio você em poucos segundos poderia transformá-lo em amor, assim como você o fez um dia. Selecionei as melhores palavras (as mais duras e as mais suaves também), busquei na mente as melhores frases que
pudessem descrever a mágoa que eu sentia de você. Inquieta, levantei, dei uma volta, prendi o cabelo, tomei uma xícara de café, voltei, sentei, respirei fundo e te enviei.
Esperei por dias uma resposta tua...
A cada hora eu ficava mais ansiosa, como se minha vida dependesse da tua resposta. De certa forma, eu ainda tinha esperanças de que você voltaria. Mas que tola eu fui. Você sequer se deu ao trabalho de lê-lo. Embora houvesse tristeza por entre aquelas linhas,  eram tristezas, mágoas provocadas por você... Eu esperei um pingo de preocupação. Naquele momento desmoronei mais uma vez,  não sabia eu que aquela seria a última vez em que eu choraria por você, em que eu me importaria com qualquer palavra dita por ti. Cai então na real... Persistência não faltou.

Hoje sinto-me uma nova mulher. Uma mulher inatingível por você. Uma mulher que te deseja felicidades, mas que sabe que a minha não é você.

I will never retum!